Os países africanos continuam muito dependentes da exportação de “commodities” tradicionais como o cacau e o café, porém, têm desenvolvido outras cadeias superiores como as da frutas e legumes para o mercado internacional.
O desenvolvimento das cadeias de valor agrícolas em Africa é a principal via para desenvolver o seu agronegócio e as zonas rurais, nesse sentido, os produtos dessas cadeias de valor (CV), os seus processos e a sua funcionalidade devem ser melhorados e atualizados.
Os países africanos continuam muito dependentes da exportação de “commodities” tradicionais como o cacau e o café, porém, têm desenvolvido outras cadeias superiores como as da frutas e legumes para o mercado internacional.
Investimentos nas CV têm sido feitos pelo sector público e privado, mais recentemente, pelas organizações internacionais, visando o combate a pobreza e o desenvolvimento sustentável. Por exemplo, as CV biológicas do cacau, café e pimenta em São Tomé e Príncipe, promovidas através do modelo de parceria público-privada, e apoiadas pelo Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola e a Agência Francesa para o Desenvolvimento, demonstram essa inter-relação.
Essas CV refletem as três dimensões da atualização e a sua sequência habitual no sector agrícola. Do produto, relativamente à mudança do produto convencional para biológico certificado, reconhecido internacionalmente; os processos, adoção do método de produção biológica, de um sistema de fornecimento de viveiros e insumos, um programa de recolha do produto, um centro de processamento e a instituição de uma equipa de gestão e outra técnica; finalmente, a melhoria funcional, como a conquista do mercado internacional e a realização local das atividades de processamento.
A promoção dessas CV representa o esforço do governo na promoção do sector agrícola, no combate a pobreza e na promoção dos objetivos do desenvolvimento sustentável em parceria com a comunidade internacional. Este é, seguramente, um projeto promissor porque é sustentável, relança o sector agrícola, é abrangente, por melhorar a competitividade e produtividade de mais de metade dos produtores locais, e garantindo-lhes ainda uma renda.
Comunicação: 11º Congresso Ibérico em Estudos Africanos.