FMI / Comunicado 22 100

No âmbito do seguimento do acordo de Facilidade de Crédito Alargado (ECF) de São Tomé e Príncipe, aprovado em 2 de Outubro de 2019, por 40 meses, no montante de US$ 18,15 milhões (€16,3 milhões), cerca de 90% da cota do país, em 30 de Março último, o FMI declarou que a estabilidade macroeconómica tem vindo a ser mantida e que o desempenho do programa tem sido estável, condicionado por incertezas em consequência da pandemia e, mais recentemente, da guerra na Ucrânia, esta última, provavelmente, colocará a economia sob especial pressão.

Concluída a 4ª revisão do acordo, está aprovado o desembolso imediato de US$ 2,70 milhões(€ 2,50 milhões), totalizando US$ 15,15 milhões (€ 13,5 milhões) a favor de São Tomé e Príncipe. O programa visa, a curto prazo, ajudar a cumprir as necessidades de financiamento, apoiar a despesa social e a recuperação pós-pandémica, mas também, estruturalmente, estimular reformas, consolidar estabilidade macroeconómica, reduzir vulnerabilidade da dívida, aliviar as pressões da balança de pagamentos e criar as bases para um crescimento mais forte e inclusivo. O crescimento desacelerou para 1,8% em 2021, abaixo dos 3% em 2020, está previsto um crescimento de 2,3% e 2,8% para 2022 e 2023 respectivamente. As projecções de crescimento são menores que as da terceira revisão do programa devido ao impacto das inundações na agricultura e no comércio, mas deverão chegar aos 4% a médio prazo, apoiadas na expectativa de melhores infra-estruturas e no forte potencial do turismo.

Entretanto, o Director, Dr. Bo Li, deixou avisos e recomendações que contribuiriam para o crescimento inclusivo, realçam-se os seguintes: a necessidade de implementação sustentada de reformas estruturais, a obrigatoriedade de controlar as despesas, a premência de qualificar o capital humano, a urgência de liquidar os atrasados ​​internos, reformar o sector de energia e melhorar a eficiência energética, o desafio de melhorar a governança das empresas públicas, entre outros.