Barbados / Doutrina

No dia 24 de Fevereiro, no dia em que a Rússia invadiu a Ucrânia, Mia Amor Mottley, Primeira Ministra de Barbados, fez uma declaração, marcando a posição do Governo e do País sobre a situação. 

O statement corresponde ao histórico de posicionamentos do País relativamente a situações análogas. Doutrinalmente, consiste em reafirmar o compromisso em defender a soberania, respeitar a integridade territorial, não interferir em assuntos internos de outros estados, exortar obediência aos tratados internacionais que proíbem a ameaça ou o uso da força e promover soluções pacíficas para conflitos entre estados ou territórios, reafirmando o papel da diplomacia multilateral. 

A construção da doutrina da política externa e diplomática de Barbados começa a ganhar forma com o 1º discurso de Errol W. Barrow, o 1º Primeiro Ministro do País, na Assembleia Geral das Nações Unidas em Dezembro de 1966. Daí em diante, sustentada na qualidade dos seus recursos humanos, com base em institutos criativos e sólidos, alicerçados em propósitos orientadores simples de entender, que vão sendo actualizados e adaptados a evolução da conjuntura internacional, possibilita que os bajan tenham intervenções relevantes na política internacional, como as Negociações Barbados / Oslo para a normalização democrática na Venezuela. 

Barbados é membro-fundador da Caricom, organização regional das Caraíbas, constituída por 15 países, fundamentalmente, ilhas e arquipélagos, são aproximadamente 18 milhões de habitantes para um PIB de USD $ 82 milhões. No dia 30 de Novembro de 2021, 55 anos depois da sua Independência, Barbados passou a ser uma república, após romper, por via duma Revisão Constitucional, a ligação que manteve com a Commonwealth, deixando Isabel II de ser a Rainha dos Barbadianos.